Fobias

Sabia que...


As fobias afectam todas as idades, todos os estratos sociais, estilos, países e culturas. O instituto americano de psiquiatria para a pesquisa e educação relatou que, 7,8% dos adultos americanos tinham fobias apresentando-se esta como a doença psiquiátrica mais comum nas mulheres de todas as idades e a segunda doença mais comum entre os homens com idade superior a 25 anos.


Uma em cada quatro pessoas sente fobias!


Principais tipos de fobias


Ao nascer, o ser humano traz já um “código” de medos a determinados objectos e situações pelo que o medo é algo inato e não aprendido. Na prática, a função do medo prende-se com a defesa de circunstâncias desfavoráveis, num contexto de protecção pessoal.

O medo é a resposta do organismo a acontecimentos percepcionados como perigosos. No entanto, se esse medo for muito intenso e omnipresente, condicionando os movimentos de quem o sente e alterando o quotidiano dessa pessoa, passa a integrar o domínio das fobias, um medo irracional, desproporcionado e constante diante de uma coisa ou ocorrência em concreto. A fobia traduz um temor arrebatador de um ser, uma situação ou uma ideia, que não representam, na realidade, qualquer perigo.

Na sua esmagadora maioria, quem padece de fobias admite que o seu medo é ilógico e não possui fundamento real. Os pensamentos associados à fobia e a ansiedade subjacente podem desenvolver taquicardia, suores, tremura, falta de ar, alterações da tensão arterial entre outros. Perante este mal-estar, a tendência é de evitar a situação que lhe deu origem, a fim de lograr algum alívio e bem-estar. Porém, a perpetuação deste comportamento leva a que o indivíduo nunca se exponha aos motivos dos seus medos irracionais, e esta fuga só engrandece o temor e adia a dessensibilização e, por conseguinte, a reconquista da qualidade de vida perdida com as limitações impostas pela fobia.
Ao contrário do que se possa pensar, as fobias são bastante comuns em termos da população, com maior incidência nas mulheres. Somente as fobias ocasionadoras de inadaptação ao meio onde a pessoa vive devem ser acompanhadas por especialistas e inseridas no âmbito das perturbações de ansiedade.
Entre as fobias mais vulgares encontram-se as fobias específicas, de diversos tipos: animais (aranhas, cobras, lagartos, …), fenómenos da Natureza (alturas, trovoada, …), sangue e agulhas.


A Fobia pode dividir-se em três tipos:


- Agorafobia: medo que o indivíduo sente ao estar em ambientes abertos ou com uma multidão. As razões que levam a este receio são pelo facto de o agorafóbico temer não conseguir sair do meio da multidão em caso de se sentir mal.

As pessoas com esta fobia:

·         Evitam amigos e familiares (geralmente por vergonha);

·         Este tipo de obsessão provoca níveis de ansiedade extremamente elevados;

·         Por vezes os sintomas obsessivos, dependendo da intensidade, podem ser confundidos com sintomas psicóticos e delirantes.


- Fobia Social: É também conhecida como transtorno da ansiedade social, sociofobia ou ainda antropofobia, é o medo perante situações em que a pessoa possa estar exposta a observações dos outros, ser vítima de comentários ou passar perante uma situação de humilhação em público.

As pessoas com esta fobia sentem:

·         Medo exagerado;

·         Resposta imediata de ansiedade: Suores, batimentos rápidos do coração, mãos a tremer, falta de ar, sensação de "frio" na barriga e mal-estar generalizado;

·         Pode desencadear um ataque de pânico;

·         Sensação de morte iminente.



-Fobia Simples: medo circunscrito diante objectos ou situações concretas.

Os sintomas experimentados pelos vários indivíduos em situações sociais são, dos muitos, os seguintes:
  • Ansiedade, às vezes associada também aos ataques de pânico;
  • Temor de ser observado e avaliado negativamente por outros;
  • Temor de que as próprias opiniões possam não interessar aos outros;
  • Temor de não estar em estado de comportar-se de modo adequado em situações sociais;
  • Tendência a evitar situações sociais que o colocariam em incómodo (Tendência ao Isolamento).

Prognóstico

           
            A perspectiva é muito boa para pessoas com fobia social. Aproximadamente 75% das pessoas com esta fobia superam os seus medos com terapia cognitiva comportamental, enquanto 80% têm alívio da fobia social com medicamentos, terapia cognitiva comportamental o com uma combinação de ambos.
            No que se refere à agorafobia, o prognóstico também é bom. Com o tratamento apropriado, 30 a 40% dos pacientes ficam livres de seus sintomas por um período prolongado, enquanto outros 50% continuam a experimentar sintomas leves que não afectam a vida diária significativamente. Só 10 a 20% dos pacientes não melhoram.